Aquilo que me impede de dormir todas as noites tem nome. E não é insônia. É o teu nome, Augusto, que perambula pela minha mente como uma vadia vagabundeia de esquina à esquina. É, também, o teu cheiro que se infiltra em minhas narinas tirando-me a lucidez. Deixando-me insana, aflorando meu desejo por ti e aumentando o buraco que deixaste em mim… Eu sinto sua falta, Augusto, e embora eu já tenha dito isso antes, eu sei que nenhuma das outras vezes conseguirá ser mais sincera que esta. Eu estou quase gritando seu nome pelas ruas… Estou quase o tatuando em mim. Eu estou implorando por um retorno seu ou por um simples “oi” — E que seja o mais grosso, o mais frio ou o mais estúpidos dos “oi”, mas que seja seu e que seja para mim. Por favor, aparece… Nem que seja no canto da janela, ou naquela praça que costumávamos comer o famoso cachorro quente do Zé. Aparece, só para dizer que está bem e feliz; dizer que sente minha falta e ser meu amigo bobo de novo. Aparece, vai! Eu já passei do estágio em que meu peito inflamado pedia distancia de ti… Hoje ele pede proximidade e não recebe resposta alguma. Antes aquele peito rejeitava qualquer notícia sua, hoje procura-te em todos os lugares subestimáveis; joga teu nome no google, facebook e em todas as redes sociais e nada acha. Mas e daí, vou escrever. Extravasar. Gritar com as palavras para esquecer você. Descontar no papel toda a fúria acumulada. Mas quem disse que sai algo que preste? Monto frases clichês onde digo o quão árduo está sendo esquecer você. Esquecer pra quê? Por quanto tempo? Por míseros quinze segundos enquanto me distraio com a borboleta que atravessou a minha janela… E ops! Até na borboleta em enxergo você.  E hoje enquanto caminhava até a cafeteria pisei em uma poça d’água. “Mas que droga!”. Pensei. Não pela poça ter espirrado no meu moletom, mas porque teu rosto foi refletido de maneira tão espontânea que por uma fração de segundos duvidei do que havia visto. Teu rosto ainda estava estampado em minha mente e eu nem sabia disso. Nem imaginava que à noite, enquanto dormia, ainda pronunciava teu nome em um sussurro abafado pelo pobre travesseiro, que eu abraçava pensando ser você. Mas não era… Meus devaneios que estavam indo longe demais. Estavam levando-me junto com eles para um lugar onde não existia o singular, só o plural. Sem “eu” ou  “você”, só “nós”. Só nós dois de novo. Twoany R. (likeag-6) 
''Mas você com esse seu jeito só seu, de não me permitir saber o que esperar de você, me faz te odiar tanto e querer tanto a sua atenção.''

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